Grupo NOV tem mais de três dezenas de projetos inovadores desenvolvidos

Data da notícia: 9 Setembro 2019

NOV Summit lança desafio à cooperação para transformar Leiria na capital da inovação

O Grupo NOV tem atualmente 33 projetos inovadores desenvolvidos em cooperação, 16 dos quais já concluídos, nas diversas áreas de negócio a que se dedica; seis destes projetos são produtos já colocados no mercado, e serão sete até ao fim de 2019. Este foi o balanço apresentado por Joaquim Paulo Conceição, CEO do Grupo NOV, na primeira edição do NOV Summit, que se realizou esta segunda-feira, dia 9 de setembro, um evento que reuniu mais de 200 participantes bem como os principais players e parceiros regionais para debater a importância de promover o debate sobre inovação como um dos principais motores da diferenciação e desenvolvimento das empresas.

Foi esta aposta na inovação que deu o mote para a realização do NOV Summit, já que, como salientou Joaquim Paulo Conceição, «NOV tem muito a ver com a paixão que temos pela Inovação, e tem estado em toda a nossa história. Criámos, em início deste século, o primeiro laboratório de criopreservação de células estaminais em Portugal e uma escola de negócios, a ENOV, que tem uma plataforma inovadora de e-learning que nos permite dar formação à distância aos nossos colaboradores nos 11 países onde temos atividade. Criámos ainda em 2000 uma das primeiras incubadoras de empresas do país ligadas ao ensino superior e temos várias patentes de produtos registadas na área industrial e outros em desenvolvimento».

Esta foi a ideia defendida igualmente por António Barroca Rodrigues, presidente do Conselho de Administração do Grupo NOV, na abertura do evento, salientando que «o segredo da sustentabilidade do grupo tem sido a diversificação com base na Inovação, com a vontade de arriscar e apostar em novos processos e novos produtos, e que está espelhada na nova marca: NOV».

A data do evento foi, segundo António Barroca Rodrigues, cuidadosamente escolhida dado seu simbolismo: «Dia nove, do nove [setembro] de 2019, do Grupo NOV, o dia ideal para fazer a homenagem aos nossos colaboradores, o grande motor do nosso desenvolvimento e do nosso sucesso». E o desafio da inovação é lançado anualmente aos colaboradores do Grupo que, só em 2018, apresentaram 44 ideias, três das quais estão já em implementação.

Convidado para a abertura do NOV Summit, Gonçalo Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, salientou que «a inovação e o empreendedorismo estão intimamente associados à região de Leiria, muito graças à ação da sua classe empresarial, e já desde a sua história mais remota. Esta ousadia faz parte do ADN desta região». O autarca avançou alguns dos projetos da autarquia nesta vertente, com o objetivo de, entre outros, captar mais empresários e negócios para a região.

O NOV Summit arrancou com o painel “O potencial de Inovação e Desenvolvimento no distrito de Leiria”, moderada por Maria Eduarda Fernandes, Presidente da Incubadora D. Dinis (IDDNet), e com as intervenções, António Poças, Presidente da Direção da NERLEI, Ana Sargento, Vice-Presidente do Politécnico de Leiria, e Vitor Ferreira, Diretor Executivo da Startup Leiria. Os oradores falaram do papel que as instituições que representam têm tido na promoção do tecido empresarial, através da transferência de conhecimento, apoios de projetos, etc.

“O papel das interfaces tecnológicas no contexto da inovação empresarial” foi o tema escolhido para o segundo painel, com os contributos de Artur Mateus, Vice-Diretor do Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRsp), João Nunes, Presidente e CEO da BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação, e Margarida Quina, Professora da Universidade de Coimbra. A forma como os centros de investigação, instituições de ensino, empresas, incubadoras, etc., cooperam para crescer foi o foco destas intervenções.

A tarde continuou com o painel “Como incentivar oportunidades de inovação nas empresas” em que intervieram Nuno Martinho, membro do Conselho de Administração da Incubadora Open – Associação para Oportunidades Específicas de Negócio, Paulo Faustino, COO da Get Digital, e Paulo Martins, membro do Conselho de Administração da InCentea – Tecnologia de Gestão. Eduarda Fernandes, moderadora, salientou a oportunidade de ouvir pessoas essencialmente ligadas a empresas, aquelas que, na prática, põem a inovação em marcha, e neste painel em particular, alavancadas pelas tecnologias. Objetivos e visão partilhados por todos na empresa e paixão foram as ideias defendidas pelos oradores.

Pedro Cilínio, responsável pela Direção de Investimento para a Inovação e Competitividade Empresarial do IAPMEI, encerrou o grupo de oradores convidados, com uma intervenção sobre “Programas e incentivos para a inovação” em que salientou os passos importantes para uma candidatura a financiamento, os erros a evitar, enfatizando a necessidade de pensar o negócio estrategicamente.

O Grupo NOV criou em 2016 o GDI (Gabinete de Desenvolvimento e Inovação) para potenciar a inovação de forma transversal a todas as atividades, com a parceria privilegiada com as instituições de ensino superior. Já com o envolvimento do GDI, a Ecopaint (uma empresa NOV Indústria), obteve em 2018 a certificação em IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação). Destas iniciativas surgiram vários registos e importantes projetos já implementados ou ainda em curso, especialmente nas áreas da Indústria, Ambiente e Energia.

Leiria como capital da Inovação

«Leiria como capital da inovação» foi a ideia deixada por Joaquim Paulo Conceição, desafiando as várias instituições e associações presentes no NOV Summit a, em conjunto, identificarem três projetos transversais para a região que possam constituir-se como uma estratégia de inovação para a região.

O CEO realçou que a região tem todas as condições para ser um foco de inovação nacional e internacional: Leiria é a melhor incubadora de empresas do País, onde mais empresas são criadas e menos morrem, é uma das regiões que mais exporta com base na inovação, tem o melhor Politécnico do País, altamente ligado às empresas, e tem um enorme dinamismo associativo. «Temos de nos concentrar no otimismo e cooperação, e em objetivos que possam ser transversais que sejam compatíveis com os nossos objetivos individuais».